Autódromo Zilmar Beux: Um patrimônio cultural de Cascavel

Patrimônio cultural é tudo aquilo que possui importância histórica e cultural para um País ou uma pequena comunidade, como a arquitetura, logradouro, festas, danças, música, manifestações populares, artes e culinária, entre outros. Desta forma, o Autódromo Municipal Zilmar Beux é patrimônio cultural de Cascavel.

Idealizado por pioneiros, liderados por Zilmar Beux, o autódromo teve sua inauguração com o asfalto no dia 22 de abril de 1973. Portanto, estará completando 50 anos no próximo ano. Mas nasceu em 1970, sediando corridas de terra. Com a proibição de corridas de terra, os amantes do automobilismo não viram outra alternativa a não ser asfaltá-lo.

O autódromo fez com que nascesse nos cascavelenses uma paixão pela velocidade, criando uma cultura automobilística. Ir ao autódromo, com amigos ou com a família para um churrasco, ou acampar, tornou-se um estilo de vida. Autódromo também fez com que a cidade fosse conhecida em todo o Brasil e no exterior. Sendo assim, é patrimônio cultural.

Miguel Beux, que ainda criança acompanhou o pai Zimar nas obras de construção do autódromo diz que inicialmente seria um complexo esportivo. Ele conta que o autódromo uniu a cidade em torno de um ideal, virou orgulho da população e fez com que Cascavel fosse conhecida como a “Cidade das Corridas”. “Como a população apaixonou-se pela velocidade com as corridas de rua, os pioneiros decidiram construir o autódromo e meu pai liderou o grupo. Em princípio, se pensava em um complexo esportivo com autódromo, kartódromo, hipódromo, hotel, motel, posto de gasolina, bares, restaurantes e um clube social, com piscinas e salão de festas, como era o Comercial, Tuiuti e Country. Seriam vendidos títulos. Mas algo se perdeu por vaidades de alguns e assim ficou só com o autódromo”, contou Miguel Beux.

Juraci Massoni, que por diversas gestões presidiu o Automóvel Clube de Cascavel e atualmente está com o ex-piloto Roberto Wypych Júnior à frente de um grupo de desportistas que busca fazer as reformas necessárias para que Cascavel possa receber todas as categorias nacionais, também concorda que o autódromo e patrimônio cultual da cidade. “O autódromo é nossa maior ferramenta de marketing. Nossa cidade é uma das poucas que tem a cultura de automobilismo no País. Ele fez com que a cidade fosse conhecida no Brasil e no exterior. Os eventos são importantes para a economia da cidade. A Stock Car, por exemplo, movimenta a rede hoteleira, restaurantes, bares e outros. Não há como calcular quanto custaria uma transmissão ao vivo, falando de Cascavel. É uma divulgação que não tem nada igual”, disse.

Para Massoni, “o autódromo é uma pequena indústria, que gera muitos empregos. Que bom que o prefeito Paranhos entendeu o que representa nosso autódromo e está dando uma atenção especial. Temos que cuidar muito bem e explorar o seu potencial”.  (O Paraná)

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