PROPOSTA DE CONSTRUÇÃO DE MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL É TEMA DE APRESENTAÇÃO NA FUNDAÇÃO CULTURAL
Na manhã da terça-feira (27), na Fundação Cultural, foi realizado um encontro para exposição de um projeto que visa ampliar o acervo de cultura e arte no Município, com a instalação de um Museu de História Natural, apresentando em torno de 15 mil exemplares que contam a história da evolução de várias espécies da Terra.
A proposta foi apresentada pelo professor doutor da Universidade Federal do Piauí, Paulo Auricchio, que segundo ele, tem como objetivo proporcionar ao Município ser polo de conhecimento e pesquisa, bem como fomentar a integração da comunidade com o meio ambiente.
O encontro contou com a participação do Diretor Presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, do Secretário Municipal de Educação, Fernando Ferreira Souza Lima, de membros da comunidade acadêmica da Unioeste, UDC, Unila, dos conselhos municipais de cultura e patrimônio histórico da cidade. Ao final da exposição, o público presente teve acesso a alguns exemplares do acervo que pertence ao pesquisador.
O professor destacou que o encontro visa estabelecer contatos para apresentação do projeto sem fins lucrativos a parceiros. “Estamos abrindo diálogo para conseguir parcerias, nosso objetivo é com a produção de conhecimento, com a importância da divulgação da ciência, fazer com que população compreenda a evolução do mundo, do meio ambiente, desenvolvendo proximidade e afetividade com o local”, explicou Auricchio.
O Diretor Presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, disse que as ideias são sempre bem-vindas, principalmente, por se tratar de um museu que cumpre um fator sociocultural e histórico. “Abrimos espaço para ouvir a ideia, hoje temos várias manifestações de museu, inseridos no contexto da museologia social, temos demanda e acreditamos que a iniciativa é importante, pois tem interesse social, comunitário, científico e cultural”, pontuou.
Museu
O Museu de História Natural projetado por Aurichhio prevê um complexo que conta com Biblioteca Temática, aquários com espécies de peixes, cristais, Jardim Botânico, além de exemplares raros de arqueologia, minerais e animais, como esqueletos de dinossauros. A novidade é a maior coleção de trilobites, fósseis de artrópodes que existiram há mais de 500 milhões de anos.
Auricchio conta que a escolha por Foz do Iguaçu foi baseada em pesquisas que apontaram a existência de público por estar num roteiro turístico e educacional com grande potencial de divulgação e conhecimento. “Foz é o segundo destino turístico do Brasil e já está estruturado, e tem um polo de conhecimento significativo”, acrescenta.
Para atingir os objetivos que se amparam na pesquisa, produção científica e integração da comunidade, a proposta estipula uma série de ações, a exemplo de oficinas culturais temáticas e palestras. “Tem um papel educativo, de integrar e despertar o interesse das pessoas, conforme sua realidade, nas questões de biologia”, comentou Auricchio.
O projeto prevê a instalação do museu em uma área de 2.200 metros quadrados e o investimento necessário é de R$ 9 milhões. A capacidade de público é de 500 pessoas por dia, perfazendo um total de 153 mil pessoas por ano. Para manter o atrativo, ele estima a cobrança de ingresso variando de R$ 15 a R$ 40, que seria utilizado para incentivar pesquisas, renovar o acervo, e manter os monitores responsáveis pela instrução e acompanhamento ao público. (com AMN)